A sala de Recreação Terapêutica – BRINQUEDOS DE PLANTÃO – foi organizada
em meados de 1998, para oferecer um espaço lúdico aos pacientes da ala de
pediatria, além de viabilizar a realização da disciplina de Estágio Comunitário
em
Recreação Terapêutica Hospitalar. Com isso, colaborou para
que o Hospital Geral exercesse sua função de Hospital Escola, no qual os acadêmicos
podem trabalhar inter disciplinarmente visando o bem estar e o desenvolvimento
integral dos pacientes.
Juntamente com a
abertura do Setor de Psiquiatria em 2001, surgiu a sala de Recreação
Terapêutica específica para a Psiquiatria, obtendo resultados significativos na
internação e tratamento dos pacientes psiquiátricos materno-infanto-juvenil,
atendendo o que se preconiza para o atendimento em unidades fechadas de Saúde
Mental.
O crescimento
evidente do trabalho, a valorização do mesmo e o aumento da demanda, foram
fatores fundamentais que colaboraram para a criação do Serviço de Recreação
Terapêutica Hospitalar em 2003. Esse serviço surgiu com a intenção de
possibilitar benefícios a toda
comunidade hospitalar, inclusive os funcionários. E também para acolher as
disciplinas, Estágio |Profissional I e
II do Bacharelado em
Educação Física e o Estágio Profissional da Licenciatura em Educação Física da
UCS.
“... os
pacientes internados em hospitais enfrentam muitas dificuldades, entre elas, o
ambiente desconhecido e as limitações impostas pala enfermidade. Sendo assim,
reconhece-se que a recreação reúne muitos dos fatores essenciais que
possibilitam o equilíbrio harmônico para o desenvolvimento integral do
indivíduo, pois recreação é restabelecimento, recuperação, é a atitude mental
de quem espontaneamente se entrega, sem visar outro fim que não a alegria de
sua prática (GAELZER, 1979).”
“... os pacientes hospitalizados não
conseguem verbalizar seus desejos e necessidades. É importante, por tanto,
reconhecer sua capacidade de se exprimirem através de atividades lúdicas. A
criança mais ainda que o adulto requer cuidados individuais. Nem sempre chega a
exprimir o que sente e deseja. É preciso dedicar-lhes tempo, o que é mais fácil
dizer do que fazer (LINDQUIST, 1993).”
Joseph Lee definiu as brincadeiras
para crianças como “ criação, ou conquista da vida, e as brincadeiras
para adultos como recreação, ou renovação da vida. Na linguagem comum, entretanto,
recreação tem significado mais amplo e não se restringe a nenhum grupo etário
particular.”
“...a palavra recreação é
suficientemente ampla para compreender a noção de brincadeira em todas as suas
expressões e, também, muitas atividades que não são comumente tidas como tal –
música, teatro, trabalhos manuais – ou seja, qualquer atividade livre e ,
especialmente criadora que venha a enriquecer a vida” (Dr. John H. Finley).”
“...a recreação no ambiente
hospitalar, nesse sentido, constitui-se num elemento privilegiado para a
elaboração de ansiedades decorrentes de situações de desconforto e estranheza.
Além de ser um exercício físico e mental, a recreação favorece oportunidades
que levam o paciente a aceitar com naturalidade algumas dessas situações.”
A pessoa se sente
exposta, agredida fisicamente e emocionalmente, não só pela doença como também
pelo profissional de saúde que apalpa, injeta, corta, subtrai esperanças, crias
restrições ou dita normas. A pessoa doente sente inquietações, angústias,
medos, frustrações, inseguranças, inferioridade, incapacidade, raivas ou outras
emoções. Onde irá despejar, ou colocar essas emoções?
Algumas emoções são inclusive,
socialmente não aceitas, como raiva de estar doente, raiva de si mesmo ou raiva
do médico que fez o diagnóstico. Além de toda a dor física, como andar com esse
turbilhão emocional? Não é fácil ser paciente! (GAUDERIER, citado por Carvalho
e Ceccim 1997)”
Oferecer um serviço de apoio ao paciente, seu familiar, às equipes e aos
funcionários, resgatando o aspecto sadio, fortalecendo sua auto-estima,
ocasionado uma melhoria na qualidade do tratamento dos pacientes e no local de
trabalho para os funcionários.
Oferecer um espaço lúdico ao paciente e seu familiar,
amenizando os traumas da hospitalização.
· Auxiliar
a família do paciente a uma integração com o mesmo facilitando e colaborando
com as relações afetivas.
· Favorecer
o despertar da criatividade e necessidades recreativas, dos pacientes,
familiares e funcionários, respeitando a individualidade de cada um.
· Possibilitar
que o paciente, familiar e funcionário explorem algumas formas de movimento,
reconhecendo seu potencial e suas habilidades.
· Colaborar
através de atividades variadas um vinculo maior entre pacientes e seus
familiares.
· Possibilitar
situações que visem a humanização nos diferentes setores entre os funcionários.
· Exercer a
função de Hospital Escola através das disciplinas de Estágio Comunitário em Recreação Terapêutica ,
Estágio Profissional de Educação Física ( Bacharelado e Licenciatura).
Recursos
5.1 – Recursos
Humanos:
Silvana Maziero: Graduada em Educação Física ,
especialista em Ensino Especial , coordena o
Serviço de Recreação Terapêutica, orienta estagiários da UCS que realizam sua
prática na área de Recreação Terapêutica e atua como Recreacionista
Terapêutica.
Estagiários: acadêmicos em Educação Física da
Universidade de Caxias do Sul.
Voluntários.
5.3- Recursos
Materiais: Os materiais utilizados normalmente são adquiridos através da doação
da comunidade. Os principais materiais utilizados são: material escolar,
material para trabalhos manuais, DVD, CD, sucata, jogos diversos, brinquedos em
geral, computador, vídeo-game, entre outros.
Público Alvo
· Pediatria
· Psiquiatria
· Grávidas
de Alto-Riso
· Oncologia
infantil ( internação e ambulatorial)
· Internação
para adultos ( clínica e oncológica)
· Hemodiálise
· Funcionários
Atividades Desenvolvidas
· Pediatria:
jogos, brincadeiras, teatros, sessões culturais ( cinema, leitura...), danças,
trabalhos manuais, computador, entre outros.
· Psiquiatria:
passeios, atividades manuais, jogos, atividades diversas na Vila Olímpica
(atividades aquáticas), participação em discussão de casos de pacientes em
reunião de equipes.
· Grávidas
de Alto-Risco: trabalhos manuais, relaxamentos, técnicas variadas.
· Oncologia
Infantil: atendimentos individuais e de socialização, participação na discussão
de casos em reunião de equipe, atividades manuais e recreacionais.
· Oncologia
Adulta: técnicas variadas, relaxamento, brincadeiras, dentre outras.
· Hemodiálise:
técnicas variadas, atividades com música, relaxamento, brincadeiras, etc.
· Funcionários:
dinâmicas de grupo, técnicas variadas, relaxamentos, ginástica laborl, dentre
outras.
· Internação
Clínica: técnicas, mensagens, dentre outras.
Horário de atendimento
De segunda a sexta-feira das 7 hs e 35 min às 12 h e das 13h ás 17h e
30min. Esse horário também inclui disponibilidade para reuniões de equipe, de
estágio e de respectivos setores, nos quais a recreação atua.
“O maior bem que podemos fazer aos outros ,
não é oferecer-lhes nossa riqueza, mas levá-los a descobrir a deles.”
Lois Lavelle
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